A articulação dos vereadores da base do prefeito Ricardo Nunes para retomar o plenário virtual na Câmara Municipal de São Paulo representa um ataque direto à transparência, ao debate público e à democracia.
Foi por meio de uma articulação do PT que o plenário virtual foi encerrado no início do ano, justamente para garantir que os vereadores estivessem fisicamente presentes nas decisões da cidade, prestando contas à população e debatendo abertamente os temas que impactam a vida dos paulistanos. A tentativa de retomar esse modelo é um claro retrocesso.
Vereadores são representantes do povo e têm o dever de estar presentes, debater, votar de forma pública e assumir suas posições diante da sociedade. Decisões tomadas de forma remota, sem debate e com menor visibilidade, enfraquecem o papel do Legislativo e afastam a população do processo democrático.
A Câmara Municipal não pode funcionar como extensão dos interesses do Executivo nem como espaço para manobras que evitam o confronto de ideias. A maior capital do país exige uma Câmara aberta, democrática e comprometida com o interesse público.
A articulação dos partidos de oposição garantiu que o projeto de resolução não fosse apreciado na sessão de plenária de hoje, dia 17 de dezembro. O plenário presencial continuará em 2026.



