Aconteceu na tarde desta sexta-feira, 31, uma audiência pública para discutir o funcionamento dos Centros de Desenvolvimento Social e Produtivo (Cedesp), diante do congelamento de recursos para a assistência social promovido pela gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB). A atividade aconteceu no Salão Nobre da Câmara, que tem capacidade para 305 pessoas e ficou lotado; a multidão precisou ocupar o auditório Prestes Maia para acompanhar a discussão pelo telão. Estima-se que mais de 400 pessoas, entre usuários, trabalhadores e militantes dos movimentos sociais comparecerem ao evento.
A audiência pública foi realizada pela Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude, por iniciativa da vereadora Juliana Cardoso (PT), vice-presidenta do colegiado. Os vereadores petistas Alfredinho, Líder da Bancada, e Jair Tatto, vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, também participaram da atividade.
A discussão foi sobre o Decreto nº 58.636/2019, assinado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), e que determina a redução no valor dos convênios, mesmo que isso signifique diminuir a oferta de serviços aos usuários, desconsiderando que a assistência é uma área que opera no limite, devido a grande demanda do município. Além disso, R$ 220 milhões do orçamento da Secretaria de Assistência Social estão congelados, afetando a oferta de serviços em toda cidade.
No ultimo dia 23, funcionários e usuários do Cedesp fizeram uma caminhada da Câmara Municipal até a sede da Prefeitura em protesto pelo corte de verbas do serviço, que passa de R$ 31 milhões em 2019. O Cedesp atende 11,7 mil pessoas, com idade de 15 até 59 anos. São 60 unidades espalhadas pela capital, oferecendo atividades de formação profissional e capacitação em diferentes habilidades, na perspectiva de ampliar o repertório cultural e a participação cidadã.
O Conselho Municipal de Assistência Social estima que, diante dos cortes orçamentários, o Cedesp tenha funcionamento garantido apenas até setembro.