No próximo dia 26/3, terça-feira, das 14h às 19h, a Câmara Municipal de São Paulo promoverá o seminário “Violência de Gênero na Política”, no auditório Prestes Maia. O evento é uma iniciativa do mandato da vereadora Juliana Cardoso (PT), em parceria com entidades e organizações que atuam nesta agenda, como a União de Mulheres, o Centro de Direitos Humanos de Sapopemba, a ONU Mulheres eo Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (GEVID) do Ministério Público do estado de São Paulo.
Além da petista, as seguintes parlamentares estão na construção do evento: vereadoras Adriana Ramalho (PSDB), Sandra Tadeu (DEM) e Soninha Francine (PPS); as deputadas estaduais Erika Malunguinho e Isa Pena (PSOL), Marcia Lia (PT), Beth Sahão (PT); e a deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL).
O objetivo é discutir as práticas de violência contra as mulheres que atuam na política institucional, e como combater este problema, promovendo também a ampliação da participação das mulheres nas esferas de poder e decisão.
Cardoso vem sendo alvo de ataques de um perseguidor, que chegou a invadir as redes sociais de sua filha de apenas 12 anos, para encaminhar mensagens depreciativas sobre a vereadora aos amigos da menina. Recentemente, o homem invadiu o gabinete, fez ataques verbais e, ao saber que estava sendo processado pela vereadora, gravou um vídeo de conteúdo misógino com ameaças de estupro.
“Infelizmente, esse tipo de situação não é um fato isolado. A violência contra as mulheres é expressão da desigualdade de gênero que se perpetua de modo a controlar a vida e os corpos das mulheres, impondo onde elas devem ou não estar e o que podem ou não fazer. Mulheres que passam a ocupar espaços majoritariamente masculinos vivem cotidianamente situações de humilhação, ameaças, desqualificações e, não raro, consumação da violência física”, afirma a vereadora. Exemplos, infelizmente, não faltam.Certamente um dos casos mais conhecidos é o da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), agredida verbalmente pelo então deputado Jair Bolsonaro.
“Além disso, a recente conquista do piso de 30% dos recursos do fundo eleitoral para o financiamento de candidaturas femininas escancarou a ausência de comprometimento dos partidos com a eleição de mulheres. O caso das “candidaturas laranjas” envolve diretamente Luciano Bivar, Presidente Nacional do PSL, que chegou a afirmar que “a política não é muito da mulher”, materializando uma visão sexista, que apenas aprofunda as desigualdades entre os gêneros no Brasil”, enfatiza.
O evento pretende discutir esses e outros temas que envolvem a participação da mulher na política e pensar estratégias para combater a violência de gênero, especialmente no exercício de suas funções públicas. A iniciativa conta ainda com o apoio do Centro Acadêmico XI de Agosto, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) dentre outras entidades.
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Contato:
Rafaela Marques tel. 11-3396-4931/4626