Governo Bruno Covas aciona base aliada e derruba reunião da Comissão de Finanças

0
1000

A Comissão de Finanças e Orçamento havia convocado o Secretário Municipal de Assistência Social para prestar esclarecimentos sobre a falta de coordenadores nos CRAS, CREAS e Centros PopRua, ao menos 38 postos de trabalho de coordenação estão vagos.

O vereador Alessandro Guedes, presidente da Comissão de Finanças, conduziu durante a manhã de hoje (25/09) audiência pública de prestação de contas da Prefeitura de São Paulo, acompanhado pela vereadora Soninha. Na abertura da reunião ordinária não havia quórum necessário para abrir a oitiva com o Secretário Adjunto de Assistência Social, a primeira reunião da Comissão de Finanças barrada pelo Executivo no ano.

A manobra ocorreu pela gravidade dos fatos. O Plano Municipal de Assistência Social (PLAS – 2014/2017) apontava para a necessidade de contratação de pelo menos 825 assistentes sociais no município. Para tanto, em 2014 foi realizado concurso público para o preenchimento de 370 vagas. Após a homologação do concurso menos da metade dos profissionais foram convocados. Ainda era imprescindível a contratação de, ao menos, 150 assistentes sociais, mas a Secretaria Municipal de Governo vetou a contratação no início deste ano e o concurso expirou, impossibilitando a reposição de profissionais.

No final de 2016 o Ministério Público havia ajuizado ação para contratação de assistentes sociais por meio de concursos para os postos de trabalho de coordenação em CRAS, CREAS e CentroPop que eram ocupados por cargos comissionados, o MP aguardou por três anos a contratação de servidores concursados, como não houve nenhum encaminhando por parte da prefeitura solicitou a imediata demissão dos comissionados no início de 2019.

A Prefeitura exonerou os comissionados e não chamou os assistentes sociais aprovados no concurso o que aumentou a precarização dos serviços. O custo desta contratação seria inferior a R$ 5 milhões anuais, valor que contrasta com a afirmação do Secretário Municipal da Fazenda de São Paulo, de que a Prefeitura de São Paulo fechou o ano de 2018 com mais de R$ 800 milhões livres no caixa municipal.

Agora para resolver o problema a Secretaria Municipal de Assistência Social depende de uma situação absurda, o órgão somente consegue contratar os assistentes sociais que passaram no concurso e entraram com ação judicial para garantir a sua nomeação pela justiça. Como a arrecadação nos últimos três anos superou a inflação, há cargos vagos e existe demanda pelos serviços, a justiça solicita de imediato a nomeação dos aprovados no concurso, uma distorção gritante pela inoperância do governo Covas.

Se o governo Bruno Covas ao invés de concentrar esforços para derrubar uma reunião da Comissão de Finanças e Orçamento aplicasse toda a sua energia para contratação de servidores o problema estaria resolvido ainda em 2017.

Como não houve quórum para abertura da reunião ordinária da Comissão de Finanças e Orçamento, o vereador Alessandro Guedes abriu uma reunião de trabalho para ouvir os representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social, entretanto, a reunião de trabalho não permite a aprovação de encaminhamentos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!