Ato contra aumento da passagem de ônibus mobiliza a cidade

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Fotos: Elineudo Meira

Aconteceu nesta terça-feira, 7, uma manifestação denunciando as consequência do reajuste da tarifa do transporte coletivo para os trabalhadores e a população mais pobre da cidade de São Paulo. O protesto foi organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) e por estudantes e trabalhadores.

Sob palavras de ordem como “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar” e “4,40, o povo não aguenta”, cerca de 500 manifestantes se concentraram em frente a Prefeitura de São Paulo, na região central da cidade, e seguiram em caminhada até a Avenida Paulista, ganhando a adesão de novos participantes.

  

O governador João Doria (PSDB) e o prefeito Bruno Covas (PSDB) foram os principais alvos das críticas, assim como o presidente Jair Bolsonaro (SEM PARTIDO). A caminhada foi acompanhada por um grande contingente de viaturas e motos da Força Tática, além de dezenas de agentes da Polícia Militar.

O ato que estava previsto para acontecer na altura da estação Trianon-Masp, no qual os manifestantes planejavam pular as catracas do metrô, foi impedido pelo cordão de isolamento montado pela PM em todas as entradas. Uma parte dos manifestantes, a que conseguiu entrar no local, tentou negociar com os policiais para realizarem o ato, no que também foram bloqueados.

AUMENTO DA TARIFA

Desde o dia 1º de janeiro, as passagens de ônibus, metrô e trem na capital paulista aumentaram de R$ 4,30 para R$ 4,40. A integração entre os modais subiu de R$ 7,48 para R$ 7,65.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) protocolou uma carta na Prefeitura no último dia 20 de dezembro solicitando que o prefeito não reajustasse a tarifa da passagem do ônibus. Em sua página no Twitter, a entidade justificou que “a prefeitura não apresenta alternativas de receitas que segundo a Lei Federal poderiam reduzir o subsídio e a tarifa, e nem tem estudado os impactos que esse aumento pode gerar nos usuários levando a perda de passageiros e agravamento da crise”.

O Orçamento para o ano de 2020, apresentado pelo Executivo e aprovado pela base governista na Câmara, previu a redução do subsídio para o transporte, o que a bancada do PT alertou que levaria ao aumento da tarifa, transferindo o custo para o bolso da classe trabalhadora.

 

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