Carta: Greve da Educação em Defesa da Vida!

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►Confira: O líder da Bancada do PT, vereador Eduardo Suplicy, lê carta em apoio aos profissionais da educação

Os Sindicatos que representam os profissionais da educação da cidade de São Paulo – APROFEM, SEDIN, SINDSEP, SINESP e SINPEEM, com apoio do Fórum Municipal de Educação, CRECE e a Comunidade Escolar declararam greve da educação municipal no dia 10 de fevereiro, em defesa da vida.

Após diversas tentativas de diálogo com a secretaria municipal de educação, sem sucesso de um acordo a respeito do retorno as aulas presenciais segura, emitiram diversas notas e cartas contrários ao Decreto 60.058 de 28 de jan. de 2021, que regulamentou a retomada das atividades presenciais e a Instrução normativa SME nº 01, de 29 de jan. de 2021, que estabeleceu procedimentos para a organização das unidades educacionais por ocasião do início do ano letivo e retornos dos estudantes as atividades presenciais.

Observa-se um descompasso entre as medidas adotadas pelo executivo municipal e a realidade do cotidiano escolar, são protocolos que não atendem as necessidades das unidades escolares, ausência de reformas estruturais essenciais como adequação dos prédios, quadro reduzido de funcionários de apoio técnico da limpeza e higiene dos espaços.

É importante destacar que os profissionais da educação passaram todo o ano de 2020 trabalhando de forma remota, usando os próprios equipamentos, sua própria conexão para internet e, sem um treinamento apropriado para enfrentar realidades nas novas atribuições como reuniões, aulas online e transformação de atividades para formas digitais.

Houve improviso, adaptações, investimento pessoal dos Professores em tecnologia e, inclusive, muitos permitiram que seus contatos pessoais fossem disponibilizados para facilitar a comunicação entre a família e a escola.

Vale citar também que esta comunicação se estendeu para além do horário de trabalho de cada educador, atendendo estudantes e responsáveis em horários bem tarde da noite e até finais de semana.

Do lado dos estudantes não foi diferente nas questões de falta de equipamento, acesso à internet e dificuldades na plataforma e no tipo de contato.

Porém, mesmo com todos estes entraves, foi possível sim, desenvolver aspectos importantes com os Estudantes como: a esculta, a responsabilidade, rotina, compromisso, o uso de novas tecnologias enquanto suporte pedagógico que fazem parte do processo de ensino aprendizagem.

E mais do que isso, a escola se manteve presente no cotidiano dos estudantes e familiares em todo o período de 2020 e já no início de 2021, nas aulas remotas e no suporte local com as equipes gestoras e equipe técnica.

O ano de 2021 iniciou com índices elevados de infecção e mortes por covid-19, a falta de condições estruturais das escolas não permite uma volta as aulas presenciais seguras para os profissionais da Educação, Estudantes e Familiares.

Sob o risco de uma explosão de contaminação e mortes nas comunidades periféricas do entorno das unidades escolares.

Os profissionais da Educação são a favor da volta as aulas, porém com condições sanitárias e vacinação para todos antes da retomada das aulas presenciais.

Não é razoável que o Prefeito Bruno Covas transfira a sua responsabilidade para a população é preciso proteger a vida.

Em Defesa da Vida, da vacinação e testes para todos! assim como condições sanitárias adequadas para o retorno presencial das aulas apoiamos a greve da Educação.

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