Estado gastou quase R$ 29 milhões para captar água do rio Guaió, no Alto Tietê, mas o manancial está seco, e a obra não serviu para nada.
Há cerca de dois meses, a Sabesp inaugurou uma obra emergencial, no Alto Tietê, para retirar água do rio Guaió. A obra custou quase R$ 29 milhões para abastecer, e deveria complementar o abastecimento da região metropolitana de São Paulo no período de estiagem. O problema é que o rio está seco e a obra milionária, até agora, não serviu para nada.
A obra foi planejada para captar mil litros de água por segundo do rio Guaió. Foram construídos nove quilômetros de dutos para levar a água deste rio até a barragem da represa Taiaçupeba, em Suzano, no Alto Tietê.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o superintendente de operações da Sabesp, Marco Antônio Lopes Barros, admitiu que a captação nem sequer começou, porque o rio está seco.
A reportagem da TVT constatou que, no local onde seria captada água, dá até para ver o leito do rio. Quem mora na região afirma que a situação piorou ainda mais depois que as obras começaram. “Antes das obras, (o nível) era mais alto.(…) Tinha até medo de entrar, era muito cheio”, conta a dona de casa Aline do Carmo.
Em nota, a Sabesp disse que a obra para a retirada de água do rio Guaió foi planejada para reforçar o sistema de abastecimento, e que trabalha com a possibilidade de retirar menos água do manancial, em tempos de poucas chuvas.
Contudo, para retirar menos, ou até mais água é necessário que tenha quantidade suficiente para ser retirada e, pelo que a reportagem mostrou, não é esse o caso.
Confira a reportagem de Sandra Paulino para o Seu Jornal, da TVT:
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