Prefeitura entrega a primeira fase do novo Hospital Municipal Vila Santa Catarina

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Há sete anos a cidade não ganhava um novo hospital geral. O equipamento é o primeiro de alta complexidade da rede municipal e beneficiará 2,6 milhões de pessoas. Atualmente, estão em construção na Capital mais dois hospitais, em Parelheiros e na Brasilândia.
“Nós havíamos nos comprometido com a entrega de três hospitais na cidade. E diziam que era impossível fazer três hospitais em quatro anos. Depois de três anos de trabalho temos este primeiro hospital aberto; em Parelheiros a previsão é agosto de 2016, e na Brasilândia estamos com obras. Este talvez seja na história de São Paulo o período de maior realização em termos de ampliação da rede SUS [Sistema Único de Saúde], com UBSs [Unidades Básicas de Saúde], UPAs [Unidades de Pronto Atendimento], alguns CAPS [Centros de Atenção Psicossocial], centros odontológicos, hospitais-dia e hospitais gerais. Todo o sistema SUS está sendo reforçado em São Paulo”, afirmou Haddad.
Além dos novos hospitais gerais, foram abertos na cidade mais 300 leitos em equipamentos municipais já existentes, além de 15 unidades de pronto atendimento (UPAs) e 16 unidades básicas de saúde (UBSs). A previsão é de que até junho de 2016 também estejam em funcionamento 30 hospitais-dia.
O hospital aberto na Vila Santa Catarina já oferece à população atendimento na maternidade e no Centro de Parto Normal, além de Banco de Sangue, Ambulatório do Programa de Transplantes, Unidades de Terapia Intensiva adulta e neonatal. Em junho, entraram em funcionamento 30 leitos de Clínica Médica e oito de UTI Adulto, para retaguarda da UPA Vila Santa Catarina. A maternidade entrou em operação em outubro, com três salas no centro obstétrico, três salas de parto natural, pronto-socorro obstétrico com três consultórios, três leitos de observação, 11 leitos na UTI Neonatal (um de isolamento), 12 leitos na Unidade de Cuidados Intermediários (oito convencionais e quatro canguru), vacina, cartório, enxoval (Rede Cegonha) e triagens (neonatal, orelhinha e coraçãozinho).
O atendimento é gerenciado em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein. “Tivemos aqui uma solução inovadora: a Prefeitura utilizar recursos para adquirir um espaço, e o Albert Einstein oferece o atendimento à população 100% SUS. Este hospital é inovador por vários motivos: primeiro porque há quase dez anos não se abre um hospital novo para o SUS na cidade de São Paulo, segundo [porque] é um hospital localizado na região com a menor proporção de leitos por população e a terceira é que todo o custeio vai ser mantido pelo programa do Albert Einstein”, explicou o secretário Alexandre Padilha (Saúde).
Por meio de um convênio inédito na cidade, serão utilizados para o custeio cerca de R$ 160 milhões por ano de recursos do próprio Einstein – via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI) do Ministério da Saúde. “Hoje o Einstein está envolvido em programas importantes junto a AMAs e UBSs, cuida com muito zelo do Hospital do M’Boi Mirim e agora assume a gestão daqui, trazendo a proposta de alta qualidade, com uma contribuição na área da alta complexidade”, lembrou Cláudio Lottemberg, presidente  da Sociedade Beneficente Brasileira Albert Einstein.
O atendimento foi instalado após compra, reforma e equipagem do antigo hospital particular Santa Marina. A ideia de aquisição e reativação do hospital, fechado pela iniciativa privada há mais de quatro anos, foi uma sugestão da comunidade local, apresentada ao prefeito Haddad em visita à UBS Integral Jardim Miriam II. “Estamos aqui para mais uma conquista do SUS. Acreditamos que irá atender a demanda local e mais regiões próximas, facilitando a vida da nossa população”, disse a conselheira Maria Valvolina de Lima, que representa a sociedade civil no Conselho Gestor da Supervisão de Saúde do Jabaquara. O nome do novo hospital, também escolhido pela comunidade, homenageia o médico pediatra Gilson de C. Marques de Carvalho, um dos idealizadores do Sistema Único de Saúde no Brasil, morto em 2014, aos 68 anos.
Atendimento
Até 16 de novembro, a maternidade do novo hospital realizou 47 partos, sendo 32 vaginais (68%) e 15 cesáreas (32%). Além disso, foram realizados 187 atendimentos no pronto-socorro obstétrico. A unidade já iniciou suas atividades dentro dos protocolos do Programa Parto Adequado, uma parceria entre o Einstein, o IHI (Institute for Healthcare Improvement) e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Outra novidade do novo hospital é que pela primeira vez a rede pública municipal oferecerá tratamentos clínicos e cirurgias para câncer e também transplantes. O Ambulatório do Programa de Transplantes começou a funcionar em junho deste ano. A capacidade é para três mil atendimentos mensais para triagem de pacientes e acompanhamento pré e pós-transplante.
Por ano, a unidade realizará 14 mil internações. Também estarão disponíveis serviços como laboratório de patologia clínica e cirúrgica, hemodinâmica, ecocardiografia, endoscopia, exames por imagem (radiologia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética) e diálise.
Estrutura
No total, a unidade disponibilizará 271 leitos. São 26 leitos para clínica cirúrgica, 25 leitos para clínica médica, 10 leitos para psiquiatria, 30 leitos para pacientes oncológicos, 32 leitos para pacientes transplantados e 26 leitos de UTI adulto. Para atender gestantes e crianças, há 36 leitos para obstetrícia, incluindo três salas de parto natural, 17 leitos para pacientes pediátricos, 11 leitos para UTI neonatal, 12 leitos para cuidados intermediários (berçário) e nove leitos para UTI pediátrica. Trinta e sete leitos adicionais serão destinados para observação clínica e recuperação anestésica.
A estrutura foi instalada em um terreno de 8 mil metros quadrados e tem área construída de 25 mil metros quadrados. A previsão é que o hospital municipal será totalmente entregue à população em janeiro de 2016.
fonte: PMSP

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