Saiba mais sobre o novo coronavírus

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Diante da situação de pandemia do novo coronavírus, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo decidiu restringir, a partir desta segunda-feira, 16, o acesso ao Palácio Anchieta, sede do Legislativo Paulistano. Depois de adotar medidas educativas e preventivas para conter a transmissão do vírus, como distribuição de álcool em gel para os gabinetes e departamentos, foi publicado o Ato n° 1461/2020, limitando o acesso às dependências da Câmara aos vereadores, funcionários e fornecedores. Assim, eventos coletivos como sessões solenes, reuniões de lideranças partidárias e visitação institucional estão suspensos. Também foi criado um comitê interno para o acompanhamento e controle do COVID-19.

No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo novo coronavírus, chamada de COVID-19, constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, o mais alto nível de alerta internacional, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Na última semana a doença foi caracterizada pela OMS como uma pandemia e o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Assim, diversos públicos adotaram medidas para controle da transmissão da doença em seus respectivos âmbitos de atuação.

Muita coisa tem sido publicada sobre o novo coronavírus e, em tempos de Fake News, é sempre bom ficar atento ao que está circulando nas redes. Assim, preparamos um pequeno roteiro de perguntas e respostas mais frequentes sobre esse tema para te ajudar a ficar distante do COVID-19.

O que é coronavírus?
É um vírus que causa uma doença respiratória – a COVID-19 – por meio do agente coronavírus, recentemente identificado na China. Os coronavírus são uma grande família viral, identificados desde os anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais, geralmente infecções que causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), identificada em 2002 e a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), identificada em 2012.

O que é COVID-19?
Trata-se da doença causada pelo novo coronavírus. “Co” significa corona, “vi” vem de vírus, “d” significa “doença” e o número 19 indica o ano de sua detecção, 2019. Nos primeiros casos identificados foi adotada a denominação provisória de “2019-nCoV”, alterada posteriormente para facilitar a pronunciar e evitar qualquer referência estigmatizante a um país ou a uma população em particular.

Quais são os sintomas do coronavírus?
Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, como: febre tosse e dificuldade para respirar. No início da doença, não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infecção pelo novo coronavírus em comparação com os demais vírus. O que ajuda no diagnóstico é saber se a pessoa com esses sintomas visitou uma região onde há transmissão intensa do coronavírus 14 dias antes de os sintomas surgirem ou se entrou em contato com algum caso suspeito ou confirmado de COVID-19. A conclusão final vem por meio de testes que descartam a gripe e outras enfermidades e de um exame específico, disponível nas redes pública e privada, que detecta o agente infeccioso pela sua carga genética, por meio de amostras das vias aéreas ou de catarro.

Qual a forma de transmissão do coronavírus?
As pesquisas sobre as formas de contágio do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa já está confirmada. Assim, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro e contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe e pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

Como se prevenir e evitar o contágio por coronavírus?
Dentre as principais medidas estão: lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos; utilizar um desinfetante para as mãos à base de álcool, como álcool em gel; evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; ficar em casa quando estiver doente; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo. Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

O uso de máscara ajuda a evitar a infecção por coronavírus?
As máscaras cirúrgicas são indispensáveis para as pessoas doentes e recomendadas nas regiões mais afetadas. Contudo não garantem proteção total contra a epidemia, já que não se ajustam completamente ao rosto, permitindo entrada de ar sem filtragem. Especialistas afirmam que após algumas horas de uso as máscaras perdem o efeito, inclusive de contenção para pessoas infectadas, e devem ser trocadas. Recomendam, assim, os tipos mais caros, as chamadas máscaras de proteção respiratória individual, compostas por uma peça facial e um dispositivo de filtragem de ar e que oferecem vida útil mais longa.

Quais os principais grupos de risco a partir do contágio por coronavírus?
Os idosos a partir dos 65 anos são os que mais correm riscos. Isso considerando a taxa de mortalidade na China, onde nos infectados até 40 anos é de 0,2%, entre 70 e 79 anos é de 8% e acima de 80 anos, sobe para 14,8%. Assim especialmente os idosos devem redobrar os cuidados, evitando aglomerações, shows ou encontros em clubes e associações ou mesmo assumir a tarefa de ir ao supermercado. Outro aspecto importante é que a grande maioria dos mortos pelo coronavírus na China já estavam doentes antes da infecção, sendo que os riscos são maiores em casos de doenças cardiovasculares, diabetes, pressão alta, doenças respiratórias crônicas e câncer.

Qual o tratamento para o coronavírus?
Não existe medicação específica para o vírus, portanto o tratamento é feito com base nos sintomas de cada paciente. A indicação geral é repouso e consumo de bastante água e, conforme cada caso, indicação de medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos). Outras medidas indicadas são o uso de umidificador no quarto e banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse. Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros sete dias do início do quadro devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações, como o aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor no peito, fadiga e falta de ar.

Qual a diferença de epidemia e pandemia e como essa definição muda o controle da doença?
Sempre que há o aumento inesperado do número de casos de determinada doença em uma região específica – ou seja, algo localizado em um bairro, por exemplo – é classificado como surto. Já uma epidemia é resultado da ocorrência de surtos em várias regiões. Em nível municipal considera-se epidemia quando diversos bairros registram casos de determinada doença. A pandemia, por sua vez, é o pior dos cenários, pois significa que uma epidemia se espalhou em diferentes regiões do planeta. A definição de pandemia não depende de um número específico de casos, mas que uma doença infecciosa afeta um grande número de pessoas espalhadas pelo mundo. Assim, trata-se de um alerta para que todos os países, sem exceção, adotem ações para conter a disseminação do problema e para cuidar dos pacientes adequadamente. A OMS evita usar o termo com frequência para evitar pânico ou uma sensação de descontrole, mas foi necessária diante da preocupação com os níveis de disseminação e com a inatividade de alguns países.

+ Veja também: O distanciamento social na propagação do coronavírus

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