PLENÁRIO – Veja como foi a tribuna livre desta quinta, 27/2

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Os vereadores petistas Alfredinho, Eduardo Suplicy, Senival Moura e Reis

Na tarde desta quinta-feira, 27, não houve Sessão Ordinária, mas os vereadores utilizaram a Tribuna Livre especialmente para defender a democracia, como fez o Líder da Bancada do PT, Vereador Alfredinho. O petista apresentou o texto de uma proposta de moção condenando a atuação do presidente da República, Jair Bolsonaro, na convocação de atos contra o Congresso Nacional.

De acordo com o petista, a intervenção de Bolsonaro é um ataque às instituições democráticas. “Por isso, os democratas desse país têm a obrigação de ir para as ruas e repudiar todas essas tentativas. Porque a democracia é como o ar que a gente respira. É muito ruim viver sem democracia”, discursou Alfredinho.

O Vereador Suplicy reiterou as criticas a Bolsonaro, mencionando as ofensas proferidas pelo presidente à imprensa. Ele também fez um chamado à unidade do campo progressista, como houve no Brasil na época das Diretas Já, movimento por eleições diretas na década de 1980.

O vereador Senival Moura corroborou a intervenção dos colegas, afirmando não se surpreender com a conduta antidemocrática de Bolsonaro. “Ele [Bolsonaro] fez questão de dizer isso por todos os cantos quando era candidato, disputando a eleição; após assumir a presidência da República também disse isso. […] Um dos filhos disse que apenas um soldado fecharia o Congresso Nacional”, pontuou Moura. Ele também criticou apoiadores de Bolsonaro no pleito de 2018 que agora tentam se distanciar do presidente – como o governador tucano João Doria, que usou o slogam BolsoDoria.

Como não poderia deixar de ser, o Vereador Reis também tratou da falta de decoro de Bolsonaro: “Parece que ele ainda não sabe que é o Presidente da República, que governa para mais de 210 milhões de brasileiros. Ele ainda fica brincando como se fosse um adolescente no celular. É uma brincadeira de mal gosto o que esse presidente faz”, protestou Reis.

Reis fez um chamado aos demais vereadores para assumirem a defesa da Democracia no Brasil, assim como criticou empresários que anunciaram disposição em financiar a disseminação de vídeos convocando os atos contra a democracia. “[…] temos que nomina-los, temos que fazer uma relação e pedir a população que boicote esse tipo de empresários, que boicote esse tipo de empresas que estão atentando contra a democracia, que estão trabalhando buscando um golpe de estado, buscando que se implante aqui uma ditadura”, defendeu o petista.

O Vereador Daniel Annenberg (PSDB) também apresentou uma proposta de moção, segundo ele “em solidariedade ao Congresso Nacional e em repúdio ao apoio externado pelo presidente da República à manifestação marcada contra o parlamento”. No mesmo sentido, o Vereador Toninho Vespoli (PSOL) apresentou outro texto como proposta de moção a ser aprovado pelo plenário da Câmara e discursou contra o presidente. “É preciso que saibamos que rompantes alucinados de Bolsonaro coloca em risco o nosso país, a nossa democracia, o nosso futuro e, principalmente, o futuro das novas gerações”, afirmou Vespoli.

Para serem aprovadas, as moções precisam ser discutidas e deliberadas durante a Sessão Ordinária, na parte denominada Prolongamento do Expediente. Os textos mencionados nesta notícia foram protocolados e em momento oportuno serão apreciados pelos vereadores.

OUTROS TEMAS

Durante seu discurso, o Vereador Senival Moura também reclamou da falta de zeladoria no município, denunciando os buracos nas vias da Radial Leste, Celso Garcia e Aricanduva, que têm causado prejuízo para a população. Para Senival Moura, já que a prefeitura não realiza obras estruturais, que ao menos realizasse manutenção básica da cidade. “Não adianta botar a culpa só nas chuvas […], tem que colocar a culpa em quem está governando e não está fazendo o dever de casa, que não está cumprindo o papel”.

Moura também reclamou do da falta de encaminhamento das emendas parlamentares por parte do Executivo e, sobre este assunto, o Vereador Reis informou que aprovou requerimento de sua autoria na Comissão de Constituição e Justiça convidando o secretário de Governo Mauro Ricardo para informar sobre essas dificuldades.

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