Seminário mostra desmonte da política de assistência social

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Fotos: Elineudo Meira

A Bancada de vereadores do PT realizou nesta segunda (10) o Seminário “Modo tucano de governar: um governo para os ricos” com a temática o desmonte da política de assistência social em São Paulo. A atividade ocorreu na Câmara Municipal de São Paulo e contou com a parceria do Diretório Municipal do PT da capital paulista.

Para vereadora Juliana Cardoso, que coordenou a mesa do seminário, a gestão tucana Bruno Covas desrespeita o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), e impõe decretos um atrás do outro para dificultar o trabalho que envolve a política de assistência social. A parlamentar citou como exemplo o fechamento de equipamentos como do Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo (Cedesp), que somente em uma unidade chega a atender até 12 mil jovens e adultos.

Os vereadores Suplicy e Juliana Cardoso participaram da discussão

O vereador Eduardo Suplicy falou sobre os cortes no orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social que acarretou no fechamento de mais de 150 mil vagas. Suplicy também ressaltou o aumento do número de pessoas em situação de rua que em 2015, de acordo com a pesquisa Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), era de 16 mil na cidade de São Paulo, hoje existe uma estimativa que o número está acima de 20 mil.

Regina Paixão, do Fórum de Assistência Social (FAS), destacou a necessidade de conscientizar a população de que política de assistência social não é caridade e para que ela aconteça de fato é preciso orçamento e profissionalismo. De acordo com ela, a situação da assistência social na cidade, só não está mais crítica, devido à pressão que é feita pelo Fórum e coletivos. “A pressão fez com que o congelamento de verbas para área de R$ 220 milhões caísse para 135 milhões”, afirma Regina.

Alan Francisco Carvalho, do Fórum Estadual de Trabalhadora e Trabalhadores do SUAS (FETSUAS-SP), ressaltou que vê com desalento a destruição da política de assistência social na cidade: “Aquilo que nós lutamos com sangue, suor e lágrimas para conseguir”. Alan lembrou que é preciso ficar atento, pois o que está por vir poderá ser pior com a possibilidade de uma guinada da ultradireita do Bolsonaro e destacou a necessidade de unidade e manifestação.

Segundo Nazareth Cupertino, do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente (CEDECA) de Interlagos, ao assumir a prefeitura João Dória preconizou os serviços, exonerou pessoas e atacou entidades sociais. “Reorganizou a cidade a partir do centro numa visão higienista, inaugurou a internação involuntária e precarizou os serviços e o Bruno Covas segue a mesma linha”, afirma ela.

Rute Alonso, presidenta da União de Mulheres e coordenadora do Centro de Defesa e Convivência da Mulher (CDCM) em Guaianases, falou sobre como o ataque direto aos serviços tem ameaçado a vida das mulheres. “Muitas mulheres estão em situação de violência pela ausência de uma política de moradia”, disse Rute, que complementou: “Existe um processo de destruição da política social em todos os campos, é preciso se movimentar para cada ameaça, ao mexer em um dos direitos afeta todos os outros”.

O Líder do PT, vereador Alfredinho

O Líder da Bancada de Vereadores do PT de São Paulo, o vereador Alfredinho comprometeu-se com os membros do Fórum, Conselhos e militantes da área de assistência social a obstruir os projetos do Executivo na Câmara, caso o prefeito não atenda ao pedido de reunião sobre o tema.

De acordo com o Alfredinho, a realização de um conjunto de seminários temáticos pelo partido faz parte de uma estratégia para construir uma proposta de programa de governo para cidade. O primeiro seminário da série ocorreu em maio e os próximos com os temas saúde, educação, transporte ocorrerão nos próximos meses.

Por Diane Costa, da comunicação do PT São Paulo

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