Posicionamento da Bancada e do Setorial de Educação do PT acerca da Educação municipal

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É preciso cuidar dos profissionais em Educação do ensino municipal de São Paulo.

O ano de 2021 foi mais um período atípico na vida dos estudantes, familiares e profissionais da Educação municipal de São Paulo. Em meio à crise econômica e às incertezas, a comunidade escolar precisou se reinventar para dar conta dos enormes desafios trazidos pela pandemia, agravados pela má gestão do governo federal.

Para finalizar um ano já tão conturbado foi publicadonesta quarta-feira, 29/12, o Decreto Nº 60.967, que define as regras para o PDE – Prêmio de Desempenho Educacional. Verifica-se que não houve alteração alguma que levasse de fato em conta todas as dificuldades e problemas que os educadores enfrentaram nesses longos meses ou uma preocupação pelo reconhecimento dos esforços. Pelo contrário, o Decreto fixa normas que impedem o recebimento de valores e insiste em considerar os cortes salariais pelos dias de greve contra as perversidades do Sampaprev 2. O direito a greve é constitucional e um instrumento de luta dos trabalhadores. Não há bom senso em postergar a negociação em torno das faltas por motivo de greve.

Expressão de luta também no início do ano foi a batalha pelo direito à vacinação para todas e todos da comunidade escolar e que contou com o total apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores na intermediação das negociações. Em meio a isso, a comunidade escolar ainda teve que garantir as aulas on-line e postagens nos aplicativos disponibilizados pela Secretaria Municipal de Educação. A despeito das enormes dificuldades de falta de equipamentos que não chegaram em muitas unidades ou ainda defeitos nos tablets, os profissionais lutaram para garantir o mínimo de condições de trabalho e aprendizado na rede municipal, inclusive alertando para os equívocos da administração municipal. Não se pode deixar de mencionar a ausência de internetque, em muitos casos, obrigou às famílias a arcar com os custos de um plano de dados.

A alimentação dos bebês, crianças, jovens e adultos matriculados na rede municipal foi outro grande desafio. As escolas tiveram que se organizar em meio à pandemia realizando a busca ativa dos estudantes para a entrega do cartão alimentação edas cestas básicas que, ainda assim, não chegaram para todos.

A prefeitura deflagou um conjunto de medidas tirando direitos e reduzindo ainda mais a qualidade de vida, comprometendo o futuro dos profissionais da educação. Dentre estas medidas ressalta-se a redução das faltas abonadas e uma reforma da previdência que passou a descontar ainda mais dos aposentados e alterou as expectativas de quem está na ativa.

A ausência de diálogo efetivo em busca do bem comum com os representantes da categoria trouxe soluções equivocadas.

A bancada do PT não enxerga uma gestão que vislumbre a valorização dos profissionais e dê conta da complexidade dos problemas e espera que no ano de 2022 as questões prementes sejam solucionadas de maneira mais eficaz com o devido diálogo, construção e entendimento.

Vereador Eduardo Suplicy

(Líder da Bancada do PT na Câmara Municipal de São Paulo)

Maria Filomena de Freitas

(Coordenação do Setorial Municipal de Educação do PT de São Paulo)

Vereador Alessandro Guedes

Vereador Alfredinho

Vereador Antonio Donato

Vereador Arselino Tatto

Vereador Jair Tatto

Vereadora Juliana Cardoso 

Vereador Senival Moura

 

1 COMENTÁRIO

  1. Pra começar se vocês tivessem preocupação com professores, o ex-prefeito Haddad não teria criado o Sampaprev. E o próprio PT não votado logo de cara a favor do Sampaprev 2. Mensagem apenas eleitoreira porque a prática, minha nossa.

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