A Bancada de vereadores do PT vem denunciando o enorme volume de recursos em caixa da cidade de São Paulo. Covas possui R$ 18 bilhões em caixa, é muito recurso em caixa, mas ainda encontramos aqueles que tentam minimizar estes valores.
Pra ter dimensão desse volume podemos comparar com a execução do orçamento do Governo do Estado Maranhão, em 2019 executou R$ 15,6 bilhões (todas as despesas, inclusive o pagamento de um dos maiores pisos salariais aos profissionais do magistério), mas para não ficar apenas nos governos do nordeste temos o Governo do Espírito Santo, que executou R$ 16,7 bilhões no ano passado. Caso o caixa da prefeitura fosse um ente independente, seria o 18º maior orçamento do país, a frente de 13 governos estaduais.
Mas mesmo assim ainda encontramos defensores do caixa parado de Covas, pra tentar elucidar a questão comparamos os valores em caixa dos 5 maiores orçamentos do país.
O orçamento da cidade de São Paulo é o quinto maior do país, em 2019 arrecadou R$ 60,1 bilhões e em junho de 2020 registrou em caixa R$ 18,1 bilhões, ou seja, Covas possui em caixa o equivalente a 30,2% dos recursos arrecadados no ano anterior. Este percentual é quase 3 vezes superior ao registrado pelo Estado de São Paulo (13%) e fica mais nítido ainda quando comparado aos demais entes, o Estado de Minas possui apenas R$ 1,6 bilhão e o governos estaduais do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul registram déficits de R$ 3,5 bilhões e R$ 6,2 bilhões, respectivamente.
O caixa da Prefeitura de São Paulo cresceu nos últimos anos decorrente de uma arrecadação crescente sem contrapartida na prestação de serviços públicos, com a diminuição da aplicação de recursos em áreas prioritárias, como Saúde e Educação. A pandemia de coronavírus não alterou o volume de recursos em caixa, o patamar de junho é semelhante ao de abril, e superior ao de fevereiro deste ano. Isto, devido ao crescimento de 9,2% da arrecadação de janeiro a julho de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Todos os indicadores de receita são favoráveis ao município, e por causa da pandemia a Câmara Municipal autorizou a utilização dos recursos vinculados para o combate da pandemia, não há qualquer respaldo econômico e financeiro que justifique a inação do prefeito Covas na adoção de políticas de auxílio direto à população paulistana.